De todos os dons ministeriais,
certamente o dom de pastor é o mais difícil de ser exercitado. Sem dúvida
alguma, nos dias presentes, em pleno século XXI, ser pastor não é missão fácil.
Os primeiros pastores, no
Novo Testamento, em geral, pagaram com a vida pelo fato de representarem a
Igreja de Jesus. As forças infernais, usando os sistemas religiosos, políticos,
econômicos e sociais, investiram pesadamente contra os que foram levantados
como líderes, nos primórdios da Igreja. Tiago, “irmão de João”, foi morto por
Herodes, para satisfazer a sede de sangue dos judeus fanáticos, que não
entenderam a missão de Cristo e de seus seguidores. Pedro foi preso com o mesmo destino,
para ser morto, num espetáculo macabro, que agradaria aos inimigos do evangelho
de Cristo. Mas foi poderosamente liberto do cárcere, por intervenção direta de
Deus, que enviou seu anjo para salvá-lo da morte programada e continuar sua
missão (At 12.11).
Eles eram pastores,
apóstolos, evangelistas e líderes da Igreja, em seus primeiros dias, após a
Ascensão de Jesus. Pedro e João foram presos por terem sido instrumentos de
Deus para a cura de um coxo de nascença, posto à porta do templo. E foram
libertos para proclamarem o evangelho de Jesus (At 3.1-6; 4.1-21). De modo
geral, segundo a tradição e a história da Igreja, somente João Evangelista teve
morte natural, alcançando extrema velhice, após passar por sofrimentos atrozes.
Os demais apóstolos de
Jesus tiveram morte trágica, nas mãos dos sanguinários inimigos da
fé.
Nos primeiros séculos, a
perseguição aos servos de Deus foi cruel. “As perseguições só cessaram, quando
Constantino (272-337 d.C.), imperador de Roma, tornou-se cristão. Seguiu-se uma
era de crescimento numérico do Cristianismo, embora, nem sempre, acompanhado de
autenticidade e genuíno testemunho cristão. A mistura entre a Igreja e o Estado
trouxe enormes prejuízos à ortodoxia neotestamentária”.
Os regimes ditatoriais do
nazismo, do fascismo e do comunismo, sempre procuraram destruir os pastores das
igrejas cristãs. Cientes de que, mortos os líderes, os fiéis sempre se
dispersariam e abandonariam sua fé. Mas cometeram grave engano. Quanto mais os
cristãos foram mortos, mais seu sangue serviu para regar a sementeira do
evangelho. Jesus disse que “as portas do inferno” não prevaleceriam contra a
sua Igreja (Mt 16.18). Pastores foram presos, torturados e mortos. Mas a Igreja
de Jesus segue sua marcha triunfal, em direção ao seu destino, que é chegar aos
céus, na vinda de Jesus, e reinar com Ele sobre as tribos de Israel (Mt 19.28)
e sobre as nações (Ap 20.6).
Nos dias atuais, ser pastor
não é absolutamente tarefa fácil, para quem deseja exercer o ministério com
fidelidade e sacrifício. As oposições externas e internas, muitas vezes,
perturbam as atividades do pastor. Dessa forma, o dom ministerial de pastor
precisa muito da graça e da unção de Deus para que seus detentores não
fracassem espiritual, emocional ou fisicamente. Necessitam muito das orações,
da compreensão, do apoio e do amor dos crentes em Jesus. Vamos refletir sobre a
função pastoral, com base no que a Palavra de Deus nos revela sobre essa
importante missão.
Um caráter íntegro.
Vamos enfatizar as
características do verdadeiro pastor, no sentido humano, daquele que tem o
chamado de Deus para ser um guia de parte do rebanho do Sumo Pastor. E o que
tem o dom ministerial de pastor. Não é qualquer pessoa que tem condições de
receber esse dom, ainda que seja o mais procurado pelos aspirantes ao
ministério eclesiástico. Paulo ensina que é Deus quem dá pastores às igrejas
(Ef 4.1): “Os pastores são aqueles que dirigem a congregação local e cuidam das
suas necessidades espirituais. Também são chamados “presbíteros (quando esse
faz parte do presbitério local)” (At 20.17; Tt 1.5) e “bispos” ou supervisores
(1Tm 3.1; Tt 1.7)”, enfim junto com os demais ministérios de governo, apóstolos e
profetas tem como dever zelar pelo bom andamento da igreja local.
O pastor de uma igreja deve
espelhar-se nas características do “Sumo Pastor” (1Pe 5.4). E deve possuir
qualificações que o credenciem para tão importante missão. O pastor verdadeiro
é dado por Deus à igreja. Ele não dá a igreja ao pastor (Ef 4.11); a igreja,
mesmo no sentido local, não pertence ao pastor. O pastor deve ser um servo da
igreja local, e não seu mandatário ou proprietário. A seguir, algumas dessas
qualificações, conforme 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.7, relativas ao bispo, que é
sinônimo de pastor:
1) Irrepreensibilidade moral. Refere-se a uma vida de integridade, de
que não tenha de que se envergonhar ou causar escândalo.
2) Vida conjugal ajustada (“marido de uma mulher”). Note-se que é
prioridade o cuidado com a vida conjugal; no Novo Testamento, não é prevista a
tolerância com a bigamia ou a
poligamia; a regra é a monogamia, como plano original de Deus para o
matrimônio; e o pastor como esposo deve ser exemplo para os demais esposos, na
igreja, amando sua esposa e cuidando dela (Ef 5.25).
3) Vigilante. O pastor é o guarda do rebanho. Deve estar atento ao
que se passa ao seu redor; vigiando, primeiro, a sua vida pessoal e ministerial
(1Tm 4.16). Depois, vigiando o rebanho para alertar e livrar dos “lobos devoradores”;
Ser vigilante significa ser “atento, cauteloso, cuidadoso, precavido” quanto
aos perigos que o rodeiam. Para assumir a função de liderança, na igreja local,
o obreiro deve ser muito cuidadoso quanto à sua vida espiritual, moral, social,
familiar e em todos os aspectos. Isso porque o Diabo “anda rugindo como leão,
buscando a quem possa tragar” (1Pe 5.7). O ou pastor deve obedecer o que Jesus
disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito
está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Ele precisa ser “exemplo dos
fiéis” (1 Tm 4.12; 1 Pe 5.3).
4) Sóbrio (simples, moderado). O pastor deve zelar pela simplicidade,
no ministério; o luxo, a ostentação material, a exibição de riqueza não convém
a um homem de Deus; Jesus disse: “sede símplices como as pombas” (Mt 10.16).
5) Honesto. Tem o significado de ser “honrado, digno, correto,
íntegro; decoroso, decente, puro, virtuoso”. Todas essas qualificações podem
resumir-se numa expressão: ser “santo em toda a maneira de ver” (1Pe 1.15). O
homem de Deus não é perfeito em si mesmo, por mais que se esforce para ser
santo. Mas, cuidando de sua vida pessoal, ministerial e como cidadão, pode ser
muito bem visto pelos crentes como uma pessoa honesta. O seu falar deve ser
“sim, sim; não, não” (Mt 5.37). Honestidade é sinônimo de integridade. O pastor
ou bispo deve ser uma pessoa assim, fiel, sincera, verdadeira. Deve ser alguém
que vive o que prega ou ensina (Tg 2.12).
6) Hospitaleiro. Esta palavra vem de hospital, na sua origem. Não
havia casas de saúde como hoje. Uma hospedaria era um hospital, um lugar onde
os viandantes podiam pousar, e também os enfermos, uma hospedaria ou estalagem
(Lc 10. 34,45). Mas o pastor não tem obrigação de transformar sua casa em
hospedaria. No sentido do texto, hospitaleiro é sinônimo de acolhedor, que sabe
tratar bem as pessoas, sem fazer acepção de ninguém; é pecado (Dt 16.19; Ml
2.9; 1Tm 2.11; Tg 2.9).
7) Apto a ensinar. Como o pastor é o que alimenta ou apascenta o
rebanho, o pastor deve saber fazer uso da Palavra de Deus, ministrando mensagens,
estudos e reflexões que edifiquem o rebanho sob seus cuidados. Se não tiver
essa aptidão, deve estar no lugar errado (2Tm 2.15).
8) Não dado ao vinho. Nos tempos de Paulo, o vinho era já uma bebida
alcoólica que podia causar dependência química ou psicológica. Seria uma
tristeza um pastor ficar embriagado pelo uso constante do vinho. Se fosse
escrito hoje, o texto talvez dissesse: “não dado à cerveja, à champanhe, ao
licor ou a outra bebida alcoólica”.
9) Ordeiro (“não espancador”). Por
que Paulo fez referência a esse tipo de comportamento? Sem dúvida, porque
observou que algum obreiro tinha o costume de “espancar” as pessoas a seu
redor. Sempre houve pastores grosseiros, prepotentes, alguns que cometeram
“assédio moral” contra pessoas a seu redor. Isso é reprovável sob todos os
aspectos. O pastor deve ser ordeiro, humilde, de bom trato para com todos, não
cobiçoso nem ganancioso. Ordeiro quer dizer que mantém a ordem, na casa de
Deus.
10) Moderado. É sinônimo de suave, brando, comedido, prudente, contido.
É qualidade sem a qual o pastor pode sofrer sérios revezes em sua vida, no
relacionamento com outras pessoas, em seus hábitos, costumes, etc. Ele não pode
ser um desequilibrado mental, sem controle de suas emoções. Para ser moderado,
precisa ter o fruto da temperança e da longanimidade (cf. Gl 5.22).
11) Não contencioso. O pastor ou bispo não deve viver em contenda, nem
com a família, nem com os crentes, nem. com os de fora. Contenda é o mesmo que
porfia, dissensão, peleja, que são “obras da carne” (Gl 5.2,1). Diz um ditado:
a melhor maneira de ganhar uma contenda é evitá-la. Com oração e vigilância é
possível viver em paz.
12) Não avarento. Quer dizer que o pastor ou bispo não deve ser
sovino, mesquinho, e não deve ter amor ao dinheiro (avareza), que é “a raiz de
toda espécie de males” (1Tm 6,10). O pastor não deve viver em função de
dinheiro ou de bens materiais. Sua missão é elevadíssima, e deve focar-se no
amor às almas ganhas para Cristo, que ficarão aos seus cuidados ministeriais.
13) Que governe bem a sua casa. Esta é uma qualificação de grande
importância, pois as pessoas ouvem as mensagens dos pastores, mas olham para
ele e como se relaciona com a família, notadamente com os filhos. Ele é o
cabeça (líder) da esposa e do lar (Ef 5.22). Ao lado da esposa, que também
governa a casa (1Tm 5.14), deve criar seus filhos “com sujeição” (1Tm 3.4).
Porque, diz Paulo: “se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá
cuidado da igreja de Deus? (1Tm 3.5).
14) Experiente (“não neófito”). Nem todo presbítero (ancião) é pastor.
Mas todo pastor deve ser presbítero. Pedro, um dos apóstolos, líderes da Igreja Primitiva, exortou aos
colegas de ministério, sobre como liderar a igreja local, dizendo: “Aos
presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com
eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há
de revelar...” (1Pe 5.1). Aqui, temos base para dizer que presbítero é termo
equivalente a pastor, apóstolo, profetas, evangelistas e mestres, pessoas que
exercem na igreja os dons de cristo e que tem maturidade para julgar causas difíceis,
assim como alguns anciões.
Assim, o pastor não deve ser um obreiro muito
novo (neófito), pois, a missão de pastor exige capacidade para aconselhar em
situações que só a experiência mostra as lições a serem indicadas, da mesma
forma não deve ser missão para pessoas que por mais tempo que tenham de igreja
não amadureceram para o exercício.
(Homem de (com) Maturidade)
O versículo 6 de 1 Timóteo
capitulo 3, oferece perspicácia muito interessante sobre a situação em Éfeso:
Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do
diabo. Esta é advertência contra a promoção muito rápida à liderança de
“recém-convertidos” ou pessoas “recentemente batizadas”. Embora a igreja efésia
já tivesse muitos anos de existência e, provavelmente, não devesse ter carência
de líderes maduros, havia indícios de que candidatos imaturos ao ministério
estavam sendo postos em serviço. Paulo acreditava em maturidade e preparação de
candidatos para este cargo santo, e por uma boa e suficiente razão. Existia o
perigo de que, para alguém inadequadamente preparado, a tentação ao orgulho
espiritual se tornasse grande demais para ser resistida. Isso é tragédia na
certa, tragédia descrita pelo apóstolo nos seguintes termos: Cair na condenação
do diabo.
A tradução de Phillips
expressa o que o apóstolo quis dizer: “Para que não se torne orgulhoso e
participe da queda do diabo” (CH).
O ministro cristão tem de
estar atento para que o orgulho não o compila a participar desta condenação.
15) De bom testemunho perante os descrentes
(“bom testemunho dos que estão de fora”). O pastor deve ser um proclamador
do evangelho transformador de Cristo. Seu testemunho deve ser uma pregação viva
de que Jesus converte e transforma o pecador. Esse testemunho deve ser
demonstrado, primeiramente, em sua vida pessoal; depois, em sua casa, na igreja
e, por fim, perante todas as pessoas que o conhecerem.
O SIGNIFICADO DE PASTOR
A palavra pastor vem do
latim, pastor, com o significado de “aquele que guarda as ovelhas”, “o que
cuida das ovelhas”. Na língua original do Novo Testamento, pastor (gr.
poimen), de acordo com Vine, é “... aquele que cuida de rebanhos (não meramente
aquele que os alimenta), é usado metaforicamente acerca dos ‘pastores’ cristãos
(Ef 4.11)”. Em termos ministeriais, o pastor é aquele que tem esse dom
ministerial, e é encarregado de cuidar da vida espiritual dos que aceitam a
Cristo e ficam sob seus cuidados, numa igreja ou congregação local. Pastor é um
termo de cuidado, de zelo, de ternura, para com as ovelhas de Jesus.
A
Missão do Pastor
A principal missão do pastor
é cuidar das ovelhas de Cristo, que lhe são confiadas. A ele cabe apascentar
(gr. poimanô) as ovelhas, dando-lhes o alimento espiritual, através do ensino
fundamentado (doutrina) da Palavra de Deus. No Salmo 23,
Davi mostra o cuidado do pastor. Ele leva as ovelhas a deitar-se “em verdes
pastos”. O pastor fiel leva as ovelhas de Jesus a alimentar-se do “pasto
verde”, que nutre a alma e o espírito, fortalecendo-as, para que cresçam na
graça e conhecimento do Senhor Jesus Cristo (2Pe 3.18).
A atividade pastoral genuína
é tão importante, que o profeta Isaías, falando ao povo de Israel, acerca do livramento
que lhe seria dado, usa a figura do pastor, aplicando-a ao próprio Deus (Is
40.11). O verdadeiro pastor cuida bem das ovelhas: recolhe os cordeirinhos (os
mais fracos, mais novos) entre os braços; leva-os no regaço; aos novos
convertidos, os “amamenta”, como a “bebês espirituais” e os guia mansamente.
Muitos obreiros,
principalmente os mais jovens, aspiram ao pastorado. Não é errado ter essa
aspiração. Paulo escreveu ao jovem obreiro Timóteo: “Esta é uma palavra
fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1Tm 3.1). Mas os
candidatos ao episcopado (pastorado) devem ter consciência de que um pastor é
alvo de grandes contradições e oposições, a despeito de sua honrosa missão. A
lista de contradições sobre o que as pessoas pensam do pastor, é ampla e
variada. Alguém já escreveu diversas listas sobre isso. A seguir, resumimos uma
delas:
Se o pastor é ativo, é
ambicioso; se é calmo, é preguiçoso;
se o pastor é exigente, é
intolerante; se não exige, é displicente;
se fica com os jovens, é
imaturo; se fica com os adultos, é antiquado;
se procura atualizar-se, é
mundano; se não se atualiza, é de mente fechada, retrógrado, ultrapassado;
se prega muito, é prolixo,
cansativo; se prega pouco, é que não tem mensagem;
se veste-se bem, é vaidoso;
se veste-se mal, é relaxado;
se o pastor sorri, é
irreverente; se não sorri, é cara dura.
O que o pastor fizer, alguém
pensa que faria melhor. Pode parecer algo hilário ou grotesco, mas reflete um
pouco a visão que muitas pessoas têm do pastor de uma igreja local . Aliás,
alguém já escreveu, dizendo que “pastor é uma espécie em extinção”.
Mas tais contradições não
devem ser motivo para desânimo ou desinteresse pelo ministério pastoral. O Sumo
Pastor, Jesus Cristo, foi alvo de piores referências a seu respeito, mesmo
demonstrando que era um ser especial, humano e divino, que só fazia o bem. Seus
opositores o acusaram de ser “comilão e bebedor” (Mt 11.19); de ter demônio (Jo
8. 52); de ser endemoninhado e expulsar demônio pelo príncipe dos demônios (Mc
3-22); e de tramar contra o governo da época, justificando sua condenação (Lc
23.2; Jo 19.12). Mas Jesus não desistiu. Foi até ao fim, entregando sua vida em
lugar dos pecadores. E cumpriu a sua missão (Jo 19.30).
O cuidado contra os falsos pastores.
Lamentavelmente, existem
falsos pastores. Deus mandou o profeta Ezequiel repreender os pastores infiéis
de Israel. Em suas qualificações negativas, podemos entender o que faz um falso
pastor, nos dias atuais.
1) Eles não cuidam do
rebanho. Mas aproveitam-se do pastorado para “apascentarem a si mesmos” (Ez
34.2 c). São oportunistas. Aproveitam-se das ovelhas para angariarem glórias
para si.
2) Eles enriquecem às custas
das ovelhas. Diz o texto: “Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e degolais o
cevado; mas não apascentais as ovelhas” (Êx 34.3). Há casos de pastores que se
tornam milionários, com fazendas, aviões, e muito dinheiro, aproveitando-se das
necessidades e carências dos crentes.
3) Eles não têm amor às
ovelhas. Pouco lhes importa a situação espiritual dos crentes. Só pensam em se
aproveitar do pastorado (Ex 34.4). Nas igrejas dos falsos pastores, não há
ensino, doutrina e cuidado com os novos convertidos; nem com os desviados e os
crentes fracos.
4) Eles dispersam as
ovelhas. Por não terem cuidado das fracas, das doentes, das quebradas e das
desgarradas, elas se dispersam e são vítimas das “feras do campo”, que são
inimigos do rebanho. “Assim, se espalharam, por não haver pastor, e ficaram
para pasto de todas as feras do campo, porquanto se espalharam. As minhas
ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo o alto outeiro; sim,
as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as
procure, nem quem as busque” (Ez 34.5,6).
5) Deus é contra tais
pastores. Em Ezequiel 34.8-10, diante de tão grande calamidade espiritual,
perpetrada por falsos pastores, O Senhor mandou dizer pelo profeta que Ele
próprio cuidaria de suas ovelhas (Ez 43.11, 12). Que Deus nos guarde desses
pastores, reprovados pelo Sumo Pastor.
O Pastor dos pastores.
O escritor aos Hebreus denomina
Jesus Cristo de “o grande Pastor das ovelhas” (Hb 13.20). Só Ele merece a
qualificação de “grande”. No seu nascimento, marcado pela humildade e
despojamento de sua glória, Jesus foi chamado de “grande”, na mensagem do anjo
a Maria (Lc 1.32). Nenhum pastor, nas igrejas locais, deve aceitar o título de
“grande”, pois só Jesus o merece. Ele é grande em todos os aspectos que se
possam considerar em relação à sua pessoa.
ELE É DEUS!
Todos os fundadores de
religiões pereceram e seus restos mortais jazem sob a tumba fria. Em seus
túmulos consta a inscrição “aqui jaz” fulano ou sicrano. No túmulo de Jesus, há
uma inscrição diferente e gloriosa: “Ele não está aqui porque ressuscitou” (Mt
28.6; Mc 16.6). Se Jesus houvesse sido um homem comum, mortal, jazeria no
túmulo como Buda, Maomé, Alan Kardec e outros fundadores de religiões ou de
seitas. Mas Jesus é Deus. Como tal, venceu todos os poderes cósmicos,
espirituais, humanos e físicos. E, por fim, vitorioso, venceu a morte!
ELE É A PORTA DAS OVELHAS
Jesus é o grande pastor das
ovelhas, porque ele é “a porta das ovelhas” (Jo 10.7). Em termos espirituais,
as ovelhas ou os salvos em Cristo só podem chegar ao céu, na presença de Deus,
através de Cristo, de seus ensinos, de seu exemplo marcante, que deixou para todos
os pastores e crentes de todas as idades. Ele disse que era “o Bom Pastor”, que
dá a vida por suas ovelhas e as conhece pelo nome (Jo 10.11, 14).
Para entrar no seu redil, o
pecador tem que arrepender-se, crer em sua Palavra, e segui-lo (Jo 10.9). Não
pode entrar, saltando os muros. O Adversário é “ladrão e salteador”, porque não
entra pela porta das ovelhas. Ele, e somente Ele, dá acesso ao homem à presença
de Deus. Jesus é ao mesmo tempo, “a porta”, “o caminho e a verdade e a vida”. E
declarou: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).
"A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." Romanos 10:9
"A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." Romanos 10:9
Fonte:
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais e Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. (Livro de Apoio EBD).
[1]Revista Ensinador Cristão
nº58 pg.40
[2]J. Glenn Gould. Comentário
Bíblico Beacon. Ed.CPAD. Vol. 9. pag.471-472
W.E.VINE - Dicionário
Vine
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe
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