Vamos falar sobre “atos do
coração”, atitudes e ações que podem causar o afastamento do nosso primeiro
amor por Jesus Cristo.
Vamos observar as palavras do
próprio Jesus em Lucas 8, onde Ele conta uma história que usa o conhecido para
explicar o desconhecido. Nos dias de Jesus a semeadura era
feita manualmente. O fazendeiro colocava suas sementes numa bolsa e a pendurava
no pescoço de um burro. Ele levava o burro para a área em que ia plantar,
enfiava a mão na bolsa cheia de sementes e as lançava na terra.
As sementes caíam por todas as
partes. A ideia era saturar a terra com sementes para que o semeador tivesse
pelo menos algumas sementes fecundadas. Este é basicamente o quadro que Jesus
está tentando pintar na mente das pessoas. Ele disse que o semeador saiu para
semear as suas sementes, as quais caíram em quatro tipos de solos diferentes.
Os solos
Uma parte das sementes caiu ao
lado da estrada, onde “foi pisada, e as aves do céu a comeram” (v. 5). A
semente nem conseguiu germinar. Ela caiu dentre os dedos do semeador. Ele pisou
nela e ela ficou presa em sua sandália. Quando ele andou um pouco mais, a
semente caiu de suas sandálias. Os pássaros a viram, e a comeram.
Outras sementes caíram em solo
rochoso (v. 6). Este solo era raso, cheio de pedras e rochas. Como resultado, a
semente cresceu, mas acabou secando porque não havia umidade. Ela não conseguiu
aprofundar suas raízes para sugar a umidade do solo a fim de desenvolver-se. O
solo não podia sustentar a vida daquela semente.
Jesus continuou: “outra caiu entre
espinhos e, crescendo com ela os espinhos, a sufocaram” (v. 7). Evidentemente
os espinhos cresceram mais rápido e eram mais fortes que a planta, e havia
tantos espinhos que sufocaram a planta até que ela morresse.
Finalmente Jesus disse que “outra
caiu em boa terra e, nascida, produziu fruto, a cento por um” (v. 8). Este solo
tinha o equilíbrio correto. Ele era rico em nutrientes e produziu o resultado
desejado.
Jesus terminou a parábola com o
seguinte desafio; “quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (v. 8).
O Senhor sabe que temos dois
ouvidos, mas também sabe que é possível tê-los e, ainda assim, não conseguir
ouvir. O que Ele está dizendo é: “Preste bem atenção! ”. Quando um professor
diz isso numa sala de aula, você sabe exatamente o que ele está querendo dizer.
Ele está alertando: “E melhor você ter certeza de que está entendendo o que
acabei de explicar, porque terá de responder isso na próxima prova”.
A questão
Qual a melhor coisa a fazer se
você não entendeu o que o professor acabou de explicar? Você deve levantar a
mão e pedir para ele explicar novamente. Foi o que os discípulos fizeram no v.
9: “Os seus discípulos perguntaram o que ele queria dizer com essa parábola”.
Em outras palavras, eles estavam
dizendo: “Jesus, não entendemos o que você está falando. Um semeador saiu para
semear. Entendemos isso, mas qual a lição para nós? ”. Jesus fez uma declaração
espetacular antes de explicar o significado da parábola:
Ele lhes disse: A vós é dado
conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos outros fala-se por parábolas,
para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não entendam (v. 10).
A multidão gostava de ouvir Jesus,
mas ninguém nunca se aproximava para fazer a pergunta mais importante: “Jesus,
o que o Senhor quer dizer? ”. As pessoas estavam satisfeitas somente com a
informação, e não se importavam com a compreensão. Existe um princípio
importante aqui: sua habilidade em perceber as verdades divinas está
relacionada com o quanto você quer conhece-las. Se você está satisfeito com uma
história aqui e outra ali, se lhe bastam sentimentos e experiências emocionais,
você não vai compreender totalmente o que Deus tem para você em sua Palavra.
Isso é o que estava acontecendo nessa
passagem. As pessoas gostavam de ouvir Jesus pregar, mas a maioria não amava ao
Senhor, pelo menos não da maneira à qual estamo-nos referindo neste livro. Uma
vez que Jesus não era o seu primeiro amor, sua Palavra não era a preocupação
principal da multidão. Não basta ouvir um bom pregador, nem mesmo se for Jesus
em pessoa. Nós precisamos ir além e perguntar: “Jesus, o que o Senhor quer
dizer com isso? ”. Vamos começar a fazer isso agora.
A DIFICULDADE EM RESPONDER
Jesus começou a
responder aos seus discípulos explicando a parábola:
Esta é a
parábola: A semente é a palavra de Deus. Os que estão à beira do caminho são os
que ouvem; depois vem o diabo, e tira-lhes do coração a palavra, para que não
se salvem, crendo (w. 11,12).
Jesus disse que a primeira resposta
à Palavra é ilustrada pela semente que caiu na beira da estrada. Ela nunca se
enraizou no coração do indivíduo. Ela somente estava lá, jogada no caminho. O
diabo, representado pelo pássaro que a tomou, veio e retirou a palavra do
coração do indivíduo. Essa pessoa não pode deixar o seu primeiro amor por
Cristo porque, na verdade, nunca o amou.
UMA RESPOSTA SUPERFICIAL
A próxima semente caiu num solo
rochoso (v. 13), o solo superficial com pedras. Estes são aqueles que ouvem a
palavra com alegria. Quando a Bíblia usa esta terminologia, sempre se refere à
salvação (veja 1 Tessalonicenses 1:6 e Atos 17:11).
Nesse versículo Jesus não está
mais falando de não-crentes. Ele agora está discorrendo sobre as maneiras
diferentes pelas quais os cristãos respondem à Palavra. Estas pessoas a recebem
com alegria, ou seja, são salvas. “Mas como não têm raiz, apenas creem por
algum tempo, e na hora da provação se desviam”
(v. 13).
Estes são os crentes que
verdadeiramente são salvos, mas que nunca desenvolvem sua fé. Eles permanecem
espiritualmente fracos, como bebês na fé. Nunca se aprofundam nas coisas de
Deus. Quando os problemas vêm e as provações os afetam, eles se afastam.
Imediatamente negam o compromisso que fizeram de andar com Deus.
Não culpem a semente
Vamos deixar uma coisa bem clara.
O que acontece não tem nada que ver com a semente. A Bíblia é suficientemente
completa. Ela fala de si mesma:
“Pois a palavra de Deus é viva e
eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao
ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4:12).
Portanto, a semente não possui
deficiência. A Palavra de Deus é suficiente para erguer sua vida e tomá-la uma
colheita de vitalidade espiritual, vitória, poder e tenacidade. Tiago nos
exorta: “ ...recebei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é
poderosa para salvar as vossas almas” (Tiago 1:21).
Jesus está dizendo que, ao receber
a semente de sua Palavra, você tem tudo de que precisa para se tomar o que Deus
quer que você seja. Mas o primeiro exemplo deste texto deixa claro que alguns
cristãos não permitem que a semente crie raízes. A Palavra não se aprofunda no
solo de seus corações.
Suas respostas às tribulações
Note que eu não disse que Deus
envia as adversidades para que Ele possa saber se você é espiritual ou não. Ele
já sabe o que você vai fazer. As provações acontecem para o seu benefício, para
que você saiba se os seus “améns” na igreja são tão reais quanto você pensava
que fossem quando os pronunciou.
Como ocorre no relacionamento
conjugal, seu compromisso para com seu casamento não pode ser testado na
lua-de-mel. E muito cedo. Ainda não houve tempo suficiente para que as coisas
acontecessem.
Jesus disse que as pessoas sem
raízes profundas tendem a cair quando as coisas apertam (Lucas 8:13). Em vez de
cavarem mais fundo nas coisas de Deus para descobrirem como podem lidar com a
tribulação e superar o problema, elas querem fugir da situação. Não querem ser
identificadas como pertencentes a Cristo. O amor dessas pessoas por Jesus fica
seriamente comprometido.
E por isso que Paulo disse a seu pretenso
companheiro de viagem João
Marcos: “Você não pode mais ir
comigo porque abandonou o trabalho. Estou aqui arriscando minha vida e você vai
acabar me deixando numa situação difícil. Você não pode vir comigo” (veja Atos
15:37-40).
Paulo estava dizendo que as
raízes de Marcos não eram suficientemente profundas. Elas estavam no tipo
errado de solo. Seu coração não estava totalmente compromissado com o Senhor.
Ainda bem que, no caso de Marcos, houve uma segunda chance com Barnabé e ele se
tornou um bom discípulo.
Você deve aprofundar-se
A salvação é gratuita, mas o
discipulado é caro. Você pode ir para o céu sem nenhum esforço, por meio da
cruz de Cristo. Mas é muito caro trazer o céu até você. Deus já lhe deu, sem
nenhum custo, a vida eterna. Mas fazer com que a vida eterna esteja operando em
sua vida exige um preço alto de amor e compromisso.
A diferença entre um cristão
vitorioso e um cristão derrotado é que um permitiu que a raiz da Palavra fosse
mais profunda dentro do solo de sua vida, enquanto o outro está vivendo com
raízes superficiais e recusando-se a aprofunda-las. Deus não possui filhos
prediletos. Ele está disponível para dar a todos o mesmo nível de vitória.
A única maneira de alcançar raízes
mais profundas é ter o conhecimento e a aplicação da Palavra. Com uma pergunta
já posso sinalizar se você tem ou não raízes profundas. Por acaso a única hora
em que você pega a Bíblia é para ir à igreja no domingo?
Com certeza elas virão, como Jesus
mesmo disse no v. 13. Ele falou sobre isso como um fato consumado, o que não
significa que o cristão espiritual passe por tribulações e o cristão carnal as
enfrente. Se você é crente, tem tribulações. O problema não é ter ou não
tribulações. A sua resposta à Palavra de Deus é que determina se você sairá
delas vitorioso ou derrotado.
Nenhum cristão pode viver
permanentemente sendo derrotado. É verdade que você terá problemas e sofrerá
reveses, mas, se você está sempre levando surra do mundo, da carne e do diabo,
talvez o seu solo seja a raiz do problema. Um terreno rochoso não permite o
aprofundamento das raízes.
Um firme alicerce
Um crescimento permanente vem somente da
aplicação da Palavra de Deus. Você não
pode, contudo, aplicar aquilo que não conhece. Por isso Jesus nos disse: “Quem
tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lucas 8:8). A semente da Palavra de Deus está
sendo espalhada, mas nem todos a recebem da mesma forma. Algumas pessoas a
ignoram e pisam nela. Outros a recebem e deixam que ela cresça até certo ponto.
Mas logo vêm os problemas e elas caem, porque as raízes não são profundas.
Você deve aprofundar-se antes que
sobrevenham as tribulações. Quando os problemas chegam, já é tarde para
aprofundar as raízes. Se você quer ser capaz de enfrentar as dificuldades da
vida, deve primeiramente construir um alicerce forte.
Os alicerces não são bonitos. Qual
foi a última vez em que você saiu em busca de alicerces? Você não sai por aí
procurando um alicerce, você procura a casa pronta. Seu desejo é o de ver a
casa, as janelas, o tamanho, o acabamento e os quartos.
Tudo isso não vale nada se o
alicerce for feito sobre a areia. Uma casa, assim como você, precisa possuir
uma base sólida. Você pode construir o que quiser sobre uma base firme. Os
cristãos que são feitos de solo rochoso necessitam de raízes profundas e de um
alicerce forte.
ESCOLHENDO O MUNDO EM VEZ DA PALAVRA
Em Lucas 8:14, Jesus começou a
explicar aos seus discípulos o terceiro tipo de solo descrito em sua parábola:
A que caiu entre espinhos são os que
ouviram e, com o passar dos dias, são sufocados com os cuidados, riquezas e
deleites da vida, e seus frutos não chegam a amadurecer.
As pessoas às quais Jesus está-se
referindo agora são um pouco mais maduras, são como adolescentes. Mas, ainda
assim, suas atitudes em relação à Palavra de Deus são inadequadas.
Nós sabemos que eles cresceram um
pouco porque deram algum fruto. O problema é que o fruto não amadureceu.
Este é o problema com as pessoas
que Jesus descreveu no v. 14. Elas estavam produzindo algum fruto, mas eles não
amadureceram. A razão deste crescimento entravado, segundo Jesus, é que estes
cristãos estavam sendo sufocados.
Sufocando a si mesmo
Alguns cristãos não sabem
administrar as suas prioridades. A vida espiritual deles está sempre embaraçada
com coisas estranhas a ela.
Jesus está falando que o que pode
sufocar um cristão são os cuidados, riquezas e deleites da vida. Você sabia
que, quando permite que as riquezas, diversões e preocupações tomem-se o centro
de sua vida, está cometendo suicídio espiritual? Jesus disse que isso “sufoca
você”!
Muitos crentes
estão sendo asfixiados espiritualmente. Eles dizem: “Não consigo respirar; sou
um miserável e vivo constantemente deprimido; não consigo ter alegria na minha vida!
”. Isto ocorre porque todas as vezes que Deus tenta enviar algum ar fresco
espiritual, o ar fica preso porque o crente está muito enraizado nas coisas
deste mundo. Suas preocupações são o dinheiro e os prazeres. Como resultado
disso, a bênção de Deus também é sufocada.
Não há nada de mal em tentar ser
bem-sucedido. Jesus não está condenando todas as coisas que fazem nossa vida
mais agradável.
O problema é que nós podemos
ficar sufocados por essas preocupações. Isto acontece quando elas se tomam tão
dominantes que nos agarram pelo pescoço e cortam o ar, tirando o nosso fôlego
espiritual.
Os cuidados da vida
Este ponto é crucial em relação ao
nosso amor por Cristo. Ouvi alguém dizer que o amor se soletra assim:
T-E-M-P-O. Creio que isto seja verdade. Um homem não pode dizer a uma mulher
que a ama e não passar tempo com ela, não descobrir as coisas que ela gosta,
sobre o que ela pensa e como ele pode ir ao encontro de suas necessidades e
satisfazer os seus desejos.
Não é de admirar que a Bíblia
chame de adultério o fato de um crente apaixonar-se pelo mundo. Jesus Cristo
deve ser o primeiro amor em nossos corações. A vida cristã é um caso amoroso
com Jesus.
Jesus disse em
Mateus 6:33: “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas”. Frequentemente queremos inverter este quadro:
“Mas buscai primeiro estas coisas, e o reino de Deus vos será acrescentado”!
Todas as vezes que você escolhe
colocar as questões desta vida à frente das perspectivas do reino, toda vez que
o governo deste mundo (a palavra grega para reino significa regime ou
autoridade) toma-se mais importante do que a autoridade do reino de Deus, você
está sufocando sua vida espiritual.
Deixe-me sugerir algumas
diretrizes bíblicas. Em 1 Timóteo 6:6, Paulo diz: “E grande fonte de lucro a
piedade com o contentamento”.
Praticando a piedade
Se você não está sendo santo e
praticando a piedade, não está servindo ao reino. Se você não está servindo ao
reino, então Deus está contra você e você está morrendo sufocado. O primeiro
teste é este: você está comprometendo a sua vida espiritual para alcançar
determinados objetivos?
Experimentando o contentamento
O segundo teste de Paulo é este:
você está contente onde está, mesmo que onde esteja não seja onde gostaria de
estar? Você pode querer sempre fazer o seu melhor e possuir grandes alvos. Não
há nada de errado nisso. Porém um compromisso com o Senhor significa que a sua
alegria como filho de Deus, a sua paz de coração e mente e a sua felicidade
estão intactas, não importando as circunstâncias em que você se encontre. Isto
significa que você está em paz por dentro, enquanto espera que Deus faça a
mudança no mundo exterior.
Uma pessoa que está verdadeiramente contente
pode dirigir um Audi
A4. Ouvi alguém
dizer: “Eu também estaria contente se tivesse um A4”. Mas se esta pessoa perder
o Audi e tiver de dirigir um Fusca, para ela vai estar tudo bem, porque em
todos os casos ela ainda possui um meio de transporte.
Uma pessoa contente com o que tem
pode ter uma casa grande. Mas se ela perde o seu trabalho e tem de se mudar
para um apartamento pequeno, ela suporta bem isso, porque ainda tem um teto
para morar.
Alguém que possui o contentamento
de Deus pode agradecer a Ele pelo filé mignon ou por um simples ovo frito,
porque ela tem alguma coisa para comer e sabe que foi Deus quem supriu suas
necessidades.
Um cristão espiritual tem esta
atitude porque está sob a direção de Deus. Ele quer sempre fazer o melhor. Ele
não permite que a sua vida seja destruída pelas circunstâncias deste mundo.
Você não pode escapar das palavras de Paulo. Ele disse que Deus nos dá
contentamento mesmo quando as circunstâncias não nos agradam.
TRÊS COISAS QUE NOS SUFOCAM
Cuidados
A primeira é o cuidado ou as
preocupações deste mundo. Você sabia que a preocupação é um pecado? Nenhum
cristão deve dizer: “Todo mundo se preocupa”.
Esta declaração é irrelevante,
porque nem todas as pessoas são cristãs e nem todos os cristãos são
espirituais. Paulo diz em Filipenses 4:6: “Não andeis ansiosos por coisa
alguma”. Não se preocupe e nunca permita que nada domine a sua mente de maneira
tal que você já não consiga mais controlar-se.
Você diz: “Não posso controlar o
que está controlando a minha mente”. Claro que pode, porque Filipenses 4:6
continua dizendo: “ ..., mas em tudo, pela oração e pela súplica, com ações de
graças, sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus”. E o versículo 7
adiciona esta promessa: “e a paz de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus”.
A palavra guardar
significa “vigiar, colocar uma proteção ao redor de sua mente”, para que quando
a preocupação ou algum outro problema aparecer, os soldados que montam a guarda
em sua mente possam removê-la. Se você orar, em vez de se preocupar, Deus
montará um escudo ao redor de sua mente.
Riquezas
A segunda coisa que Jesus menciona
são as riquezas. Quando seu amor pelo dinheiro — não é o fato de ter dinheiro
em si — suplanta o seu amor por Deus, você está-se afogando em sua carteira.
Como é que você sabe que ama o
dinheiro mais do que ama a Deus? Quando você precisa escolher entre o dinheiro
e Deus, quem ganha? Jesus disse que você sabe o que ama observando os seus
investimentos (Mateus 6:19-21).
Quais são os seus investimentos
espirituais? O que você dá ao reino de Deus e quais são as coisas que compra para
si mesmo? Quanto dinheiro você está disposto a perder para não comprometer os
seus valores espirituais? Este é o xis da questão.
Prazeres
Jesus disse que o prazer tem a
capacidade de sufocar o relacionamento com a sua Palavra. Não preciso dizer a
vocês que a cultura do final do século XX é direcionada para o prazer. Temos a
televisão e o videocassete. Não queremos perder ou renunciar a nenhum dos
prazeres da vida.
Mas se você está assistindo tanto à televisão
que não consegue abrir a
Bíblia e se
colocar de joelhos para orar, se você está tendo tanta diversão com seus amigos
que não consegue falar sobre assuntos espirituais, se você faz piada com tudo,
mas nunca fala de Cristo, e se a Bíblia e as coisas de Cristo deixam você
envergonhado em seu convívio social, há alguma coisa errada com seu tipo de
diversão.
O BOM SOLO
Você não fica
contente por Jesus ter mais uma classe de pessoas e mais um tipo de solo a
respeito dos quais falar? Leia Lucas 8:15: “A que caiu em boa terra são os que,
ouvindo a palavra, a retêm num coração honesto e bom, e dão fruto com
perseverança”.
Estes são os cristãos que dão
frutos abundantes e permanentes. A característica dos frutos sempre reflete o
caráter da árvore.
Quando
você está-se relacionando apropriadamente com a Palavra de Deus e o seu amor
por Cristo está no lugar devido, você vai agir, falar e pensar como Cristo,
pois Ele é a videira à qual estamos ligados João 15:1-5). Você vai ser um
espelho de seu caráter.
Sabemos também que os frutos
existem para beneficiar outras pessoas. Uma árvore nunca se alimenta de seus
próprios frutos. Você nunca viu uma laranjeira chupando laranjas. As laranjas
não são produzidas para o benefício próprio da laranjeira.
Uma forma pela qual você pode
avaliar seu crescimento espiritual é se outras pessoas querem dar uma mordida
na sua vida. As pessoas dizem: “Quero ser como você... como pode me ajudar a
ser um crente como você é? ”. Em Mateus 13:8 Jesus diz que o fruto dos cristãos
iria multiplicar-se trinta, sessenta e até cem vezes mais. Isto significa que o
benefício que você trará para outras pessoas será permanente e constante.
Trechos do livro de Tony Evans de volta ao primeiro amor