sexta-feira, 2 de março de 2012

O "Menorah" é o símbolo mais importante de Israel

O CANDELABRO DE OURO (Êx 25.31-40; 27.20,21; 30.7,8).

O Candelabro foi confeccionado em uma única peça de ouro puro batido, trabalhada pelo ourives com martelo e outras ferramentas, pois só depois de ser submetido ao fogo é que pode ser manuseado e trabalhado dando a forma requerida e desejada. Tinha um pedestal central (principal) do qual saiam seis braços, três de cada lado, contando ao todo sete braços. Sob cada par de braços havia um nó ou botão, sustentando-os, totalizando três botões. Sobre os sete braços foram colocadas sete lâmpadas, com seus respectivos pavios.
     
O candelabro tinha nove ornamentos: em cada um dos seis braços havia três taças em formato de amêndoa, três botões e três flores. No pedestal central havia quatro grupos de ornamentos: quatro taças, quatro botões e quatro flores, perfazendo um total de doze ornamentos. Nenhuma medida foi dada para a fabricação, mas pesava aproximadamente 33 quilos. Seus cortadores e seus apagadores de pavios eram de ouro puro. O óleo (combustível) de azeite (em grego: “chrisma” que é traduzida por unção), puro de oliva batida. Era a função de Araão como sumo sacerdote: aparar os pavios, retirando a parte queimada; manter o suprimento de azeite pela manhã e pela tarde.    
Este é um dos maiores símbolos da fé judaica também chamado: candeeiro, castiçal, em hebraico “Menorah”. A luz exterior estava totalmente excluída do interior do Lugar Santo, a luz do Candelabro era única em iluminar esse lugar. Deveria permanecer continuamente acesa, somente seriam apagadas utilizando os apagadores (espevitadores) de ouro quando em trânsito pelo deserto, sendo que colocavam um pano azul, embrulhado numa cobertura de couro de texugo, e era carregado num suporte ou varas e carregado pelos coatitas.
1. Confeccionado de uma única peça de ouro, tem o conceito de inteireza, de unidade, de unanimidade, de singularidade, pois há um só Mediador, um só Salvador, um só Caminho, um só Corpo, um só Deus, uma só Igreja, um único sacrifício pelo pecado (Ef 2.20).
2. O ouro puro batido nos faz recordar a divindade de Cristo a Luz do Mundo e em segundo lugar a Igreja, “vós sois a luz do mundo”. Também aponta para os sofrimentos, provações do Senhor Jesus Cristo. E o processo de purificação e transformação efetuado pelas provas, tribulações que a Igreja passa, para tornar-se forte e resistente (2 Pe 1.4).
3. O pedestal central sustentava os seis braços, assim como Cristo sustenta a Igreja que está intimamente ligada a Ele pelo poder do Espírito Santo e pela Obra Redentora do calvário (Jo 15.5).
4. O botão ou broto representa Deus Pai que é o começo ou origem de todas as coisas (Jo 1.3).
5. A flor representa o Filho de Deus que foi esmagado como flor, exalando um suave perfume (2 Co 2.15).
6. As taças em formato de amêndoa representando, o Espírito Santo enviado pelo Pai para que seu povo possa produzir frutos (Jo 15.16).
7. Os nove ornamentos em cada um dos seis braços (Igreja). O número nove é o número do Espírito Santo na Igreja. O fruto do Espírito são nove, e os dons do Espírito Santo são em número de nove (Gl 5.22-24; 1 Co 12.1,2).
8. Havia doze símbolos no pedestal do candelabro, quatro grupos de taças, botões e flores dando um total de doze, que representa a autoridade plena apostólica da Igreja (Rm 1.5).
9. As sete lâmpadas acesas com fogo, além de simbolizar Cristo e sua Igreja também simboliza plenitude, totalidade, perfeição. Os sete Espíritos que estão sobre o Messias, o Senhor Jesus (Ap 1.4).
10. O fogo que foi levado ao Candelabro, foi o fogo divino que partiu da glória da Nuvem e acendeu o altar de bronze. Foram levadas brasas de fogo para acender o candelabro de Ouro (Lv 9.22-24).
11. O total 66 é a soma do número de taças, botões e flores do pedestal (Cristo), e dos seis braços (Igreja), como resultado temos o total de livros da Bíblia. Havia três grupos de taças, botões e flores nos três braços de cada lado do candelabro, se adicionamos os doze do pedestal, temos um total de 39, que nos leva ao número de Livros do Antigo Testamento. Assim, os demais braços totalizam 27 que correspondem ao número dos Livros do Novo Testamento (Sl 119.105).
12. As medidas ou tamanho, não foram revelados para confeccionar o candelabro de ouro, significa que não podemos medir a luz de Cristo e nem o seu alcance poderosíssimo. (1 Jo 1.7). O peso aproximado de trinta e três quilos pode representar a idade de Jesus.
13. As espevitadeiras (cortadores) de ouro eram utilizadas para cortar e remover restos de pavios queimados, e renová-los cada manhã, pelo sumo sacerdote Arão, significa que nosso Sumo Sacerdote, o Senhor Jesus Cristo remove de nossas vidas toda impureza e sujeira para que a nossa luz brilhe mais (Pv 4.18).
14. Os apagadores de ouro utilizados quando o candelabro seria levado em trânsito, significa que a Igreja quando for arrebatada (em trânsito para o céu) deixará o mundo sem a luz de Cristo durante a Grande Tribulação (Mt 5.14).
15. Os pavios e as lâmpadas que representam a Igreja estão no candelabro representado pelos seis braços, três de cada lado, vemos aqui a renovação diária, que o Sumo sacerdote o Senhor Jesus Cristo quer operar em nossas vidas nas áreas: (1) testemunho (Mt 5.16); (2) compromisso; (3) fé (Hb 10.38); (4) amor (1 Co 13.3); (5) temor (Pv 9.10) e (6) comunhão (1 Jo 1.3).
16. O azeite puro de oliva batida revela o Senhor Jesus que se tornou fruto da oliveira, espremido e esmagado pelo sofrimento no Getsêmani “oliva espremida” e no Calvário, para que tivéssemos acesso ao puro azeite de oliva, o Espírito Santo, como unção e óleo para luz e testemunho neste mundo e prontidão na espera da Volta do Senhor Jesus Cristo (Jo 7.39; Mt 25.4).
17. O Candelabro, em trânsito pelo deserto, era coberto com um pano azul, símbolo do Espírito Santo e também aquele que é o Senhor dos céus; era embrulhado numa cobertura de couro de texugo, revelando que Nele não havia beleza e nem formosura, supostamente carregado num suporte ou varas, isto é uma característica da peregrinação (Hb 11.13), levado pelos coatitas ou seja, responsabilidade dos Ministros.
18. O Candelabro símbolo da Igreja – os braços: (1) (grego: ekklësia – “significa: Igreja ou “assembléia – (chamados para fora)”; (2) hebraico: qähal – “congregação” ou “assembléia do povo de Deus”. Este termo também designava um grupo de pessoas divinamente chamadas e separadas do mundo, unidas sob o pacto do culto e o serviço cristão, sob a suprema autoridade de Jesus Cristo (representado pelo pedestal central) (Gl 2.20).
19. A missão do Candelabro de ouro era iluminar, a missão da Igreja é ter compromisso com Deus, consigo mesma, iluminar o mundo e estar envolvida:
Na Adoração (grego: latreia) – a Igreja é um precioso tesouro de Deus na qual Ele se deleita. A adoração glorifica a Deus, pois Ele está entronizado entre os louvores celestiais. Adorar a Deus em espírito e em verdade é, pois humildemente, honrar, reconhecer o valor e a dignidade de Deus (Ap 4.11).
Na Comunhão (grego: koinõnia) – Quando os cristãos convivem em comunhão Deus é glorificado. Isto significa participar juntos em algo em comum em fraternidade e harmonia (Sl 133), isto envolve também a associação mutua que temos com os irmãos (comunhão horizontal) e com Deus (comunhão vertical), resultado da Cruz (Ef 2.14,16).
No Ministério (grego: diakonia) – Aperfeiçoamento, fortalecimento, crescimento dos salvos é a missão qualificativa que a Igreja tem para consigo mesma. O ensino é a salvaguarda dos que são membros da Igreja do Senhor (Ef 4.12,13).
No Testemunho (grego: martyria) – Significa (1) fazer uma defesa (At 24.10-25); (2) testemunhar pela vida (At 7.2-60); (3) deixar que minha vida fale (At 4.13-20); (4) proclamação verbal (At 2.14-41). Isto fala de Missões, que é o cumprimento da ordem divina expressa em Marcos 16.15 e Atos 1.8. Ganhar almas é a maior missão da Igreja. Anunciar o Evangelho e seu poder, aumentando assim o número de salvos é uma missão incontestável da Igreja na terra (At 1.8).

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