quarta-feira, 18 de maio de 2016

CARÁTER E DONS


Deus está mostrando a quem quiser saber, que seus planos para sua criação não foram descartados. Pelo contrário, seu grandioso desígnio ainda permanece de pé, e nestes últimos anos tem surgido uma gama muito variada de dons concedidos à igreja a fim de que ela cumpra a sua tarefa.

Ao lado dos dons de cristo (Efésios 4:7) provados e testados do pastor e do mestre, tem surgido o dom profético que, embora seja recebido com cautela em muitos setores, está ganhando mais confiança. Até mesmo a palavra “apostólico” não é inconcebível em nossos dias e pode ser sussurrada em algumas fortalezas tradicionais outrora inexpugnáveis, crescendo em nosso meio os cincos ministérios (Efésios 4:11), para o crescimento sadio da igreja ( Efésios 4: 12-15).

Os dons de cura, libertação e outros estão gerando expectativas nas pessoas por milagres de tal forma que serão, sem dúvida, precursoras da fé. Além de tudo isto, em cada novo dia vê-se uma nova safra de dons espirituais sendo colhida por aqueles que têm a simplicidade de recebê-los. A superfície tranqüila da igreja está sendo perturbada pelas pessoas que falam em línguas estranhas para expressar o louvor recém-descoberto.

Então nos deparamos com os problemas. Pesoas que já nos abençoaram e nos desafiaram através de seus livros que atestava a confirmação miraculosa de Deus sobre o seu ministério, agora estão sequestrando as almas das pessoas, e ao invés de edificar a igreja está sujeitando muitos à escravidão e a idolatria.

Descobrimos que aquele homem maravilhosamente espiritual que assistimos em conferência, e que trouxeram cura a tantos relacionamentos quebrados através de profecias pessoais e discernimentos espirituais, agora está divorciado e vivendo com sua secretária.

E muitos que receberam cura e libertação através dessas pessoas são atacados por satanás por sentimentos de duvidas e incredulidade e dizem: “Havia algo estranho nos olhos daquele sujeito que profetizou sobre nós. Nunca mais quero vê-lo.” E assim, ao bloquear sua mente, este homem está em perigo de rejeitar uma profecia que poderia salvar o seu próprio casamento.

Como devemos pensar nestas situações? Como podemos compreender a contradição de um Dom divinamente concebido sendo exercido por uma pessoa com caráter duvidoso?

É estranho, mas a pergunta contém a chave da resposta, a saber, a separação destes dois aspectos: caráter e dom. É a confusão desses dois que nos leva a crer que manifestações sobrenaturais são evidência de caráter piedoso. Na realidade, os dons que Deus concede às pessoas não são necessariamente uma prova da sua integridade.

Podemos entender isto com bastante clareza se considerarmos talentos “naturais”, como por exemplo dons musicais. A capacidade divinamente concedida de tocar piano pode ser empregada para promover o bem ou o mal. O Senhor não tira a capacidade de cantar quando alguém usa sua voz para promover o mal.

A confusão surge porque no nosso pensamento temos feito uma divisão entre dons naturais e sobrenaturais. Temos a tendência de pensar que receber uma capacidade sobrenatural é uma espécie de galardão, um selo divino de aprovação sobre a qualidade de vida de uma pessoa. Mas não necessariamente e assim.

Quando reconhecemos a diferença entre caráter e dom podemos compreender algo que há muito nos perturba. Observamos aparentemente que em algumas igrejas praticamente mortas, há alguns cristãos mais idosos cuja comunhão íntima com Deus era evidente e cujo caráter era irrepreensível, mas que mesmo assim não produziam nenhum efeito visível sobre a situação na igreja no sentido de revivificá-la.

Caráter sozinho não edifica coisa alguma. Antes, caráter é o alicerce sobre o qual os dons realizarão a tarefa. Por outro lado, se empregamos nossos dons para edificar sem o alicerce do caráter, o que edificamos será inseguro e provavelmente desmoronará. Isto explica alguns “homem maravilhosamente espiritual” que tenta edificar o reino de Deus nas vidas das pessoas através das capacidades sobrenaturais que Deus lhe deu, e conseguiu até certo ponto. Mas ele estendeu suas operações além dos limites do alicerce do caráter na sua própria vida e como resultado se arruinou.

Quando reconhecemos a distinção entre caráter e dom podemos ver a necessidade de ter os dois trabalhando juntos. O ideal é que isto aconteça em cada indivíduo. Mas há também a possibilidade de uma pessoa com dons reconhecer uma fraqueza no seu caráter, e mesmo assim ser liberada para funcionar na igreja por estar ligada a outras pessoa que, apesar de não possuírem o mesmo dom, têm a integridade de caráter necessário para exercer uma sábia supervisão sobre o seu funcionamento. Este é um outro aspecto do corpo de Cristo, um grupo de pessoas relacionadas entre si que descobriram na prática que precisam umas das outras, e não só porque leram sobre isto nas Escrituras. Celebridades independentes e estrelas errantes não é o que Deus está procurando na igreja.

Precisamos de pais, “cobertura” de outros irmãos para nos orientar no exercício de nossos dons a modo a evitar os problemas que eles possam causar por falta de maturidade.

É importante não reagir para o outro extremo quando as coisas dão errado. É fácil demais dispensar dons dados por Deus como sendo “do diabo”. Às vezes, evidentemente, pode haver um espírito errado na motivação, mas vamos discernir entre esta situação e uma outra onde simplesmente houve falta de sabedoria. Se houver necessidade de correção, vamos procurar tratar com o caráter e não com o dom. Pode ser necessário aconselhar que o exercício do dom seja suspenso por um tempo, mas que isto venha do desejo de vê-lo usado com maior efeito ainda e não porque nos sentimos ameaçados por ele.

A igreja de hoje precisa  produzir um impacto sobre o mundo, ela precisa ser pelo menos tão espetacular quanto a igreja primitiva, e provavelmente mais do que ela.

Eu anseio por ver o aumento de dons poderosos, não para formar organizações evangelísticas ou cruzadas de cura divina, mas para trazer a cura para a cena de um acidente; para expulsar demônios no meio de uma multidão num centro comercial; para levantar uma voz profética nos meios de comunicação, especialmente na televisão, que seja tão diferente dos programas evangélicos atuais quanto o seria um filme de horror, a fim de criar mais uma vez no povo a consciência da realidade de Deus.


Minha oração é que o Senhor crie em mim uma profundidade de caráter que sirva como âncora para os dons mais significativos. Que eles nos edifique para formar uma comunidade de pessoas íntegras que possam desafiar os padrões ímpios dos nossos dias com recursos sobrenaturais.

Fontes: 
             Estudo pessoal;
             Biblia sagrada;
             Artigo de Nick Butterworth.
             

segunda-feira, 9 de maio de 2016

CAVANDO OS POÇOS NO DESERTO



Gênesis 26:1-25
1 - E HAVIA fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão; por isso foi Isaque a Abimeleque, rei dos filisteus, em Gerar. 2 - E apareceu-lhe o SENHOR, e disse: Não desças ao Egito; habita na terra que eu te disser; 3 - Peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua descendência darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão teu pai; 4 - E multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e darei à tua descendência todas estas terras; e por meio dela serão benditas todas as nações da terra; 5 - Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis. 6 - Assim habitou Isaque em Gerar. 7 - E perguntando-lhe os homens daquele lugar acerca de sua mulher, disse: É minha irmã; porque temia dizer: É minha mulher; para que porventura (dizia ele) não me matem os homens daquele lugar por amor de Rebeca; porque era formosa à vista. 8 - E aconteceu que, como ele esteve ali muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhou por uma janela, e viu, e eis que Isaque estava brincando com Rebeca sua mulher. 9 - Então chamou Abimeleque a Isaque, e disse: Eis que na verdade é tua mulher; como pois disseste: É minha irmã? E disse-lhe Isaque: Porque eu dizia: Para que eu porventura não morra por causa dela. 10 - E disse Abimeleque: Que é isto que nos fizeste? Facilmente se teria deitado alguém deste povo com a tua mulher, e tu terias trazido sobre nós um delito. 11 - E mandou Abimeleque a todo o povo, dizendo: Qualquer que tocar neste homem ou em sua mulher, certamente morrerá. 12 - E semeou Isaque naquela mesma terra, e colheu naquele mesmo ano cem medidas, porque o SENHOR o abençoava. 13 - E engrandeceu-se o homem, e ia enriquecendo-se, até que se tornou mui poderoso. 14 - E tinha possessão de ovelhas, e possessão de vacas, e muita gente de serviço, de maneira que os filisteus o invejavam. 15 - E todos os poços, que os servos de seu pai tinham cavado nos dias de seu pai Abraão, os filisteus entulharam e encheram de terra. 16 - Disse também Abimeleque a Isaque: Aparta-te de nós; porque muito mais poderoso te tens feito do que nós. 17 - Então Isaque partiu dali e fez o seu acampamento no vale de Gerar, e habitou lá. 18 - E tornou Isaque e cavou os poços de água que cavaram nos dias de Abraão seu pai, e que os filisteus entulharam depois da morte de Abraão, e chamou-os pelos nomes que os chamara seu pai. 19 - Cavaram, pois, os servos de Isaque naquele vale, e acharam ali um poço de águas vivas. 20 - E os pastores de Gerar porfiaram com os pastores de Isaque, dizendo: Esta água é nossa. Por isso chamou aquele poço Eseque, porque contenderam com ele. 21 - Então cavaram outro poço, e também porfiaram sobre ele; por isso chamou-o Sitna. 22 - E partiu dali, e cavou outro poço, e não porfiaram sobre ele; por isso chamou-o Reobote, e disse: Porque agora nos alargou o SENHOR, e crescemos nesta terra. 23 - Depois subiu dali a Berseba. 24 - E apareceu-lhe o SENHOR naquela mesma noite, e disse: Eu sou o Deus de Abraão teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão meu servo. 25 - Então edificou ali um altar, e invocou o nome do SENHOR, e armou ali a sua tenda; e os servos de Isaque cavaram ali um poço.

Ao estudar sobre o texto acima li um artigo do Ap Jesher Cardoso que me trouxe muito esclarecimento e quero compartilhar com vocês.

O poço de Berseba, que ABRAÃO chamou de sete pelo pacto dos 7 cordeiros de gênesis 21:29-31 e ISAQUE deu o mesmo nome, mas para ele era o poço do juramento; ambas as ideias são expressas pelo mesmo nome Berseba.

A grande vitória de Isaque, deveu-se a três importantes fatores:

VISÃO, UNÇÃO E GRAÇA
Isaque tinha uma VISÃO? Tomar toda a terra que Deus havia prometido dar a seus pais e a sua descendência? Ele era o herdeiro e não perdeu a visão da sua herança. A sua visão não estava na crise e nem nas dificuldades, mas na promessa que havia recebido de Deus.

Ele tinha UNÇÃO, porque a unção flui por obediência. Permaneceu em GERAR, apesar da crise, mas obedeceu ao que Deus mandou. Não cometeu o mesmo erro de seu pai Abraão, que na hora da crise preferiu descer para o Egito.

Ele tinha GRAÇA, porque semeou num tempo e numa terra de crises, mas colheu cem (100) vezes mais no mesmo ano. E aqui descobrimos algo importante; A QUESTÃO NÃO É O LUGAR ONDE VOCÊ ESTÁ, MAS QUEM ESTÁ COM VOCÊ?

Em cima do que ele tinha, Visão, Unção e Graça, teria que desenvolver sua tarefa pessoal e importante; PERSEVERANÇA. Cada poço que era reaberto, já representava o início da herança, pois a água era limpa, e água era a principal riqueza numa terra seca. Todavia a oposição veio para cada um dos poços reabertos.

Para PERSEVERAR, temos que aprender a lidar com as oposições. Só tem uma maneira de calar o inimigo; é não parar de fazer o que se está fazendo. Veja o exemplo de NEEMIAS, lendo seu livro capítulo 4 dos versos 1 a 6. Não se importou com as oposições dos seus inimigos, mas continuou a obra até completá-la. Este é o momento da necessidade da Unção, porque ela traz o discernimento para sabermos se aquele projeto, familiar, desejos pessoais, ministérios, construções, fazem realmente parte do objetivo final de Deus para nossas vidas, e não armadilhas para destruir o sonho final.
Isaque estava em busca da sua herança.

O 1o. POÇO ? Água era boa, mas gerou contenda e contenda gera morte, era o poço de ESEQUE.

O 2o. POÇO? Também a água era boa, mas gerou inimizade e inveja, era o poço de SITNA.

A perseverança o levou ao 3o. POÇO? Água igual, mas esse era o De Deus para ele. ? Poço de REOBOTE

Reobote é o lugar onde os inimigos não podem nos seguir mais, pois é o lugar onde somente os filhos de Deus podem ficar.

Muitos já se alegram de chegar a este lugar, que já é de grande benção, mas há algo mais. Deus quer nos levar mais adiante do que pensamos. Ele quer nos levar até BERSEBA ? LUGAR DO JURAMENTO
Aleluia!

Hebreus 6:13 - Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, 14 - Dizendo: Certamente, abençoando te abençoarei, e multiplicando te multiplicarei. 15 - E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa. Agarre-se na promessa que Deus já te deu, na sua herança, e não desista até chegar em Berseba.

Conclusão: Nascemos com um proposito profético, o Senhor nos libertou no calvário de toda maldição e nos enxertou nas promessas feita por Ele a Abraão, precisamos avançar em fé para viver experiências maiores, se já chegamos a Reobote vamos avançar até Berseba, para desfrutarmos das promessas.

Estamos vivendo um tempo de crise em nosso pais, e contemplamos muitos filhos do Deus vivos, se limitando a crise e ao momento, mas sobre nós existe uma promessa.

Nascemos em uma geração especial, geração que vai viver aquilo que ninguém viveu até hoje, não podemos olhar para crise e nos contentarmos apenas com a salvação, não que isso não seja maravilhoso, mas temos direitos, temos promessas temos uma herança deixada por Jesus, somos filhos.
Busque mais, insista não desanime sobre você a uma promessa, o Brasil precisa de você, o Brasil precisa da igreja.

Fontes: Bíblia sagrada, artigo do Ap Jesher Cardoso.