domingo, 13 de maio de 2018

Os princípios da criação


A criação de Deus tem pelo menos cinco pontos básicos: princípio da terra, princípio da imagem, princípio da semelhança, princípio do domínio e princípio do Éden. Esses princípios revelam o funcionamento da criação, com propósito final na vida do homem, que é a coroa da criação divina.
Os princípios funcionam interligados entre si, vejamos:
  1. 1) Princípio da terra: essa é a lei proporcionada por Deus para que haja total manutenção da natureza para com a vida do homem;
  2. 2) Princípio da imagem: são as emanações de Deus manifestas no homem. São os atributos de Deus em forma de adjetivos no homem;
  3. 3) Princípio da Semelhança: nessa lei temos o homem funcionando como Deus funciona, um espelhamento, tendo em vista que o homem refletia Deus;
  4. 4) Princípio do domínio: nesse temos o homem com o poder de supremacia sobre a criação feita por Deus;
  5. 5) Princípio do Éden: temos a junção dos quatro anteriores e a manifestação de sete pontos:
  • Pisom
  • Giom
  • Tigre
  • Eufrates
  • Jardim
  • Hadah
  • Kabash
O Jardim não é o Éden 
“Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, para os lados do leste; e ali colocou o homem que formara”. Gênesis 2:8.
Em Genesis 2.8 temos a aplicação da preposição “no”, isto é, unidos e não fundidos. Ao observar o Éden e o jardim nesse versículo temos a certeza que sua união. Imagine dentro de um copo você depositar agua e óleo, lógicos que estão unidos, porém não estão fundidos, cada qual sua própria característica, não se mistura, mas estão juntos num mesmo lugar. Assim era o Éden e o Jardim, estavam unidos, porém não misturados, pois o ser que comportava duas naturezas em si ainda não estava no Jardim.
“O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo”. Gênesis 2:15.
Agora observe o versículo 15 de Gênesis 2, onde a preposição muda para “do”, agora temos a ideia de um dentro do outro, de unicidade, de fusão perfeita, por que? Agora temos a presença do homem no jardim, e o Éden se funde ao mesmo, visto que o Éden é um ambiente espiritual.
Benefícios da cobertura do Jardim 
Sabendo que o Éden é uma cobertura espiritual que cobria toda a criação divina, temos agora que observar os motivos de sua presença na criação, visto que dele procedia o rio que mantinha o jardim.
Na criação o que ligava a fonte (Deus) a toda a criação era o rio que vinha do Éden, que tinha sua fonte em Deus nas regiões celestiais. O rio que provinha dessa região espiritual em Deus trazia consigo o fluir da autoridade divina que, por sua vez mantinha a autoridade do homem funcionando perfeitamente.
Hadah e kabash 
Os dois níveis de autoridade sobre a criação: Domínio(hadah) e Submissão (kabash).
A autoridade e a ação dada ao homem que tinha como fonte e sustentação a cobertura espiritual proporcionada pelo Éden. O domínio e a supremacia sobre toda a criação dada ao homem. A submissão é a ação dada para a supremacia, uma interligada a outra, e o homem ligado em Deus.
A cobertura do Éden é o que transmite autoridade para o homem, o homem por sua vez é o receptor. Estando debaixo da cobertura ligado em Deus pelo Éden o homem tinha além dos níveis de domínio e submissão, também os cinco níveis de bênçãos.
Cinco níveis de bênçãos 
  1. 1) Pisom: esse é o rio que rodeia a terra de Havilá, onde háouro e ouro do bom. A palavra Pisom no hebraico significa “gratuidade”, mostrando que a benção é contínua e gratuita debaixo da cobertura;
  2. 2) Giom: esse rio tem seu significado no hebraico de “rompimento”, isto é, ao homem foi dado o direito de nada lhe parar;
  3. 3) Tigre: representação direta de força e velocidade, mostrando que ao homem foi dado em níveis físicos;
  4. 4) Eufrates: esse rio revela as profundidades, tesouros escondidos, reservados ao homem que estava debaixo da cobertura do Eden;
  5. 5) Jardim: esse vem para manutenção diária e ponto de encontro contínuo com o próprio Deus.
A queda do homem e a saída da cobertura 
Bênçãos profundas eram reservadas no projeto original, mas após a queda do homem este acesso foi interrompido, Deus em sua grande misericórdia criou meios na lei para que o homem desfrutasse do melhor da terra (Isaías 1.19).
Após a queda, ao sair da cobertura original do Eden, o homem permanece com o direito de domínio e submissão, mas agora pelo seu esforço. Para que o homem torne a viver o projeto original da gratuidade da benção continua, ele deve estar debaixo da cobertura de paternidade.
Na antiga aliança através dos pais, reis, sacerdotes, profetas, e juízes; na nova aliança através dos pais, apóstolos, pastores, profetas, evangelistas e mestres. São homens separados por Deus para transmitir a benção e para permitir a atuação e a isso se dá o nome pela Bíblia de “S’mikhah” (autoridade por imposição).
Debaixo da autoridade e de cobertura espiritual de homens separados por Deus para tal, podemos fluir em nossas vidas através das bênçãos em Cristo Jesus, nosso Senhor, tendo a paz que excede todo entendimento a nosso favor, alcançando diariamente aquilo que já existe (2Pe 1.3a), desfrutando agora de uma aliança ainda maior, pois através da S’mikhah podemos viver em plena atuação em Deus ao que nos foi dado no projeto original (Gn 1.26), domínio e submissão.
Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão”.  Gênesis 1:26.

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